O câncer de pulmão é uma doença agressiva que pode ter a cura possibilitada com o diagnóstico precoce da doença. Cirurgião torácico, Dr. Ricardo Baida reforça que o grande desafio nos tratamentos é justamente ter o diagnóstico da doença em fases iniciais, elevando as possibilidades terapêuticas e chance de cura.

Neste caminho, é fundamental realizar exames de rastreamento em pacientes que fazem parte do grupo de risco. “Isso se aplica para aqueles pacientes entre 50 e 80 anos, com carga tabágica acima de 20 anos-maço (calculado pelos maços fumados por dia multiplicado pelo número de anos fumados e inclui ex-fumantes). A este grupo é indicado realizar anualmente o exame de tomografia do tórax de baixa dosagem que é capaz de identificar a presença e tumores no pulmão”, define.

Para facilitar o cálculo, ele dá um exemplo. Paciente fumou 1 maço (20 cigarros) por dia durante 20 anos, resultado é 20 anos/maço.

Em caso positivo, o especialista irá investigar o estadiamento da doença, ou seja, saber o grau de invasão da doença e em que estágio ela se encontra para determinar o tratamento mais adequado. “Nas fases iniciais tem chance de cura apenas com a cirurgia para a retirada do tumor. Conforme a doença avança, pode ser necessário realizar ainda quimioterapia ou radioterapia. O que mais vai impactar no tratamento é a fase em que a doença foi descoberta”, reforça.