Ganho de peso, distensão abdominal e aumento das mamas. Quem já passou por uma ou mais gestações conhece bem essas etapas. Juntando os 9 meses de gestação mais o período de amamentação, muitas são as transformações sofridas pelo corpo. Cirurgião Plástico, Dr. Bruno André explica quais procedimentos são indicados para melhorar o contorno corporal após esse período.
Para ele, o caminho mais correto é programar a cirurgia quando o corpo já está estabilizado. “É preciso respeitar o período de seis meses após o término da amamentação para fazer qualquer tipo de procedimento. É importante que o peso esteja estabilizado, que os inchaços acumulados não existam mais e que as alterações hormonais ocorridas no período estejam normalizadas. Essas alterações hormonais podem elevar o risco da cirurgia, por isso é importante respeitar esse prazo”, orienta.
Dr. Bruno ressalta que há 3 procedimentos mais buscados pelas mulheres após a gestação: lipoaspiração, abdominoplastia e cirurgia nas mamas. “Nas mamas, a queda é o fator mais importante e isto pode ser corrigido com ou sem o uso de próteses. Podemos moldar a mama com os próprios tecidos do organismo e chegar a um formato mais agradável para os casos que não necessitam prótese. Isso será definido de acordo com o perfil da paciente, porque podemos aumentar o volume da mama com prótese ou reduzir em alguns casos. A vantagem da prótese é que ganhamos uma projeção no polo superior da mama, parte que geralmente sofre redução após a amamentação”, explica.
O cirurgião acrescenta que o abdômen está entre as partes que mais sofrem no período. “A distensão abdominal pode levar a um excesso de pele e separação da musculatura do abdômen. Essa abertura pode ser corrigida na cirurgia e quando tratamos dela a paciente ganha cintura. O excesso de pele também é retirado no procedimento e associamos a lipoaspiração quando necessário para dar mais harmonia e graça ao resultado final”, pontua.
Ele salienta ser imprescindível a avaliação clínica e história da paciente para estabelecer a melhor conduta, quais procedimentos serão indicados e como ela deve se preparar para o pós-operatório. “Existem várias técnicas e a melhor combinação é estabelecida de acordo com o que a paciente gostaria de melhorar e como seria possível fazer. É uma estratégia cirúrgica traçada individualmente”, diz. Ele destaca ainda que o planejamento deve envolver toda a família. “Tem que analisar quem vai tomar conta dos filhos no período pós-operatório, há um período em que a mãe não poderá pegá-los no colo. Isso varia de cirurgia para cirurgia, por isso a importância de planejar e pensar sobre o procedimento para o sucesso e tranquilidade dele”, conclui.